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terça-feira, 3 de maio de 2011

Araguaia 04/01/2011 - Solano discute com Estela


O Solano ainda muito ferido, não sei se pela descoberta da origem da Estela ou se pela constatação de que, não obstante esta descoberta, não consegue se livrar do sentimento arrebatador e "proibido" que tem por ela, fica desnorteado só de ver a bela karuê se aproximando altiva, segura e deslumbrante com seu traje de gala karuê. A cidade inteira foi mal agradecida com a Estela, que tanto os ajudou na construção e na venda da safra. Estela se aproxima e Solano, extravasando a raiva que sente de si mesmo por não conseguir afastar Estrela do seu pensamento e da lembrança do seu corpo, parte para o ataque, querendo puni-la por algo que ele mesmo não controla. Mal agradecido, ele pergunta agressivamente o que ela foi fazer na festa, chamando-a de "índia karuê", achando que isso a faria se sentir diminuída; aí a Estela deu o segundo baile, retrucando, segura e senhora de si: "índia,sim, karuê, sim; eu tenho orgulho da minha raça, da minha tribo, Solano Rangel" ( e nós, soles, temos orgulho de você, Estrela!) E como sabe bailar esta índia, viu? O primeiro baile foi quando ela não se deixou envolver pela conversinha "apaziguadora" da Manuela, que somente naquele momento reconheceu a ajuda da Estela, coisa que deveria ter feito antes do dia da festa, não é? Pois bem, voltemos para o segundo baile: O Solano joga na cara que a Tribo da Estela matou o pai dele e outros da sua família e pergunta o que ela queria (soles, fala sério, será que o gaúcho não sabia que ela queria o mesmo que ele também queria, mas escondia de si mesmo?) e aí ela responde como senhora e possuidora do amor daquele homem, de forma contundente, segura e confiante: "você sabe o que eu quero, branco, eu quero você!" O Solano faz aquele olhar "me leve que eu estou em promoção" (kkk), a Estela dá um risinho tipo Mona Lisa, dá as costas e uma volta cheia de charme para fulminar: "Eu quero e eu vou ter você aqui (ela bate na própria palma da mão), gaúcho". Soles, ela não sabia que ele já estava na mão, nos pés, no fígado, no pâncreas, no coração, nas artérias, enfim, o homem ja era dela e os olhos não mentiam, tanto que o olhar dele ficou angustiado, porque ela sabia, no ímtimo, que ela já tinha o que disse que queria. O gaúcho gostava de uma briga viu? brigou até consigo mesmo, até se render e relaxar para a felicidade...
BECA KARUE

4 comentários:

  1. Belíssima, ficou ótimo!!!

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  2. BECA AMEI QUE VOCE AMOU AFINAL DE TUDO VC 2E UMA OPTIMA PHYLOSOFA ENTAO DA O SEZAR OQUE é DE SEZAR teu comentario ta lindissimo eu , nao escrevia melhor arasou beijos

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  3. Beca,

    Amei seu comentário!
    Estela estava muito linda naquele traje, com os adornos e pinturas... uma sensação, visão maravilhosa e muito, muito segura de sua essência, origem e beleza!
    Quando ela disse com todas as letras que Solano sabia que ela o queria e que iria tê-lo, foi o máximo! Primeiro porque era preciso ter coragem de declarar seus sentimentos em alto e bom som, como Estela fez, mesmo sabendo corria o risco dele rejeitá-la ali, publicamente...
    e segundo, porque ele poderia ter retrucado, dizendo que ela nunca o teria... mas na verdade, Estela e Solano já tinham um ao outro... ela sentia e sabia disso, ele lutava contra o que sentia por ela e se recusava a pensar na possibilidade de admitir que esse sentimento era amor!

    Paty Karuê

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  4. Obrigada, Paty! Que casal é esse, hein, que encanta desse jeito?

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